quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Se bobagem fosse eficiente contra pragas...

Eu tenho ouvido nesses anos todos na área de Controle de Pragas Urbanas cada coisa que a gente pensa que só pode ser piada. Lembro da época em que trabalhava em uma empresa controladora de pragas, de ter ouvido de um cliente a afirmação de que o rato depois de morrer virava morcego. Um absurdo.

Mas existe coisa pior do que isso. Pior do que uma pessoa leiga falando bobagem é uma pessoa que supostamente deveria conhecer o assunto da qual está tratando, falando bobagens até piores do ponto de vista das conseqüências que pode acabar gerando.

Fazendo pesquisas de notícias para o PortalPCO, esbarrei em um blog que possuía um post chamado “O malathion e a dengue”. O post ficou muito interessante porque o jornalista que o escreveu fez um apanhado de diversas notícias sobre o assunto e felizmente fez o alerta ao final para uma coisa que me chamou a atenção.

O texto começa falando que a Secretaria Municipal de Campo Grande (MS) adotaria uma série de medidas no combate à dengue. O coordenador do CCZ local informou que um novo inseticida seria utilizado no combate, e que este seria mais potente e não traria risco algum à saúde das pessoas. Esse “novo” inseticida é nosso velho conhecido e que já caiu bastante em desuso no segmento de controle profissional: o malathion.
Fiquei boquiaberto ao ver a asneira que esse profissional falou sobre o produto. Além de não ser novo coisa nenhuma, o malathion é uma molécula do grupo dos organofosforados, que já está sendo proibido em alguns países da Europa pela toxicidade geralmente mais elevada e pela agressividade de seus efeitos. E lá foi a Secretária-Adjunta de Saúde dar seu pitaco que também deve ser de especialista, dizendo que o “novo inseticida tem 100% de eficácia contra o mosquito da dengue”.

Meu Deus, avisem o pessoal das Vigilâncias do Rio de Janeiro e outros estados que estão com problemas de dengue, que o pessoal de Campo Grande descobriu a solução do problema! Uma asneira atrás da outra… Depois volta o coordenador do CCZ dizendo que o “novo inseticida é inofensivo para os seres humanos e animais domésticos”.

A diarréia verbal não pára por aí, quando retorna a Secretária-Adjunta para dizer que na pulverização o índice de controle é de quase 100% (ué, não era 100% antes?), mas que no “fumacê” o inseticida chega ao inseto em dosagem baixa, comprometendo toda a campanha anti-dengue.

Por favor, culpar a técnica de aplicação utilizada por pessoas sem um mínimo de conhecimento técnico, e que provavelmente estão fazendo quase tudo errado, é no mínimo descabido. O “fumacê”, ou termonebulização, é uma das técnicas de aplicação que se usa no controle de vetores e pragas urbanas. Assim como as demais técnicas, também possui um objetivo específico, uma forma correta de ser feita e deve ser utilizada em conjunto com outras técnicas de controle químico ou físico, exatamente da mesma forma que as outras. Tudo depende da situação e da estratégia de controle que se desenha.

Desculpem o desabafo, mas eu acho um absurdo que pessoas que deveriam se informar e se preocupar com o tipo de informação que passam, por supostamente serem entendidas no assunto, falarem tanta bobagem irresponsavelmente assim. Imaginem se as pessoas que viram essas notícias resolvem achar que o malathion é a solução para tudo que é tipo de inseto e resolvem colocar até em alimentos, por que um especialista falou que é inofensivo aos seres humanos?

O post do blog felizmente foi mais além e trouxe mais informações questionando a legitimidade das informações passadas por esses “profissionais”. Vale a pena dar uma olhada, coloquei o link ao final. Parabéns ao autor.

Para finalizar, dois pensamentos que me passaram pela cabeça quando li este mesmo post e mais uma outra notícia que informava sobre o início do fumacê em Bauru. O interessante é que ambos orientam que os moradores deixem suas casas com portas e janelas abertas “para melhor ação do inseticida”.

Primeiro me veio à mente a imagem de dezenas de casas completamente abertas à noite (a aplicação iniciaria 18:30), um prato cheio para os larápios de plantão. Só entrar e pegar. Depois fiquei pensando que faltou dizer que a população deveria deixar portas e janelas abertas durante a aplicação e que deveria ficar fora do local em que a fumaça está sendo aplicada, justamente para não se intoxicar. Mas se o “novo” veneno é “inofensivo”, acho que não precisa, não é?

Novamente: que absurdo…

Abraços a todos e bons negócios! E sigam acompanhando as novidades do PortalPCO!

Link para o post: clique aqui.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Expoprag 2010 - Comentários gerais

Prezados(as) amigos(as),

Nos últimos anos o blog Xô, Praga! acompanhou e fez a cobertura de eventos como Expoprag, Sulprag e Ecoprag. Ao contrário dos anos anteriores, este ano infelizmente não foi possível acompanhar de perto as palestras da Expoprag.

A principal razão para a minha ausência nas palestras foi que o blog Xô, Praga! foi incorporado a um projeto maior, chamado PortalPCO, que estava sendo lançado durante a Expoprag, e por isso acabei ficando de fora do circuito de palestras. O PortalPCO consiste em um portal voltado aos profissionais do Controle de Pragas Urbanas, trazendo informação e serviços úteis às empresas, ajudando-as no seu dia-a-dia. PCO é uma sigla que corresponde a “empresas de controle de pragas”.

No post anterior você pode conferir alguns desses serviços que estão ou estarão disponíveis às empresas no PortalPCO, e também em www.portalPCO.com.br/mostra_conteudo.php?id=utilitarios.

Sobre a Expoprag, o PortalPCO estreou com um espaço com 9 computadores com acesso à internet para que as pessoas pudessem acessar o PortalPCO e se cadastrar para concorrer a prêmios (veja foto abaixo).


Além do PortalPCO, a feira contou com expositores diversos, desde os principais fabricantes de inseticidas e raticidas do setor, até fabricantes de equipamentos (pulverizadores, termonebulizadores, etc.) e distribuidores, apresentando itens como uma novidade no manejo de pássaros, formigas e outros, que vem como alternativa aos géis repelente à base de cola.


Referente às palestras, acabei assistindo apenas aos espaços dos patrocinadores (Basf, Bayer, Syngenta). No espaço da Basf a palestra técnica foi substituída por uma palestra super motivacional, contando com ninguém menos que Paulo Storani, ex-integrante do BOPE e que foi um dos responsáveis pela seleção e treinamento dos atores dos filmes Tropa de Elite e Tropa de Elite 2.

Apesar de em poucos momentos o Paulo fazer links de suas histórias com o pré-lançamento do produto da Basf, o Tenopa, a palestra foi simplesmente sensacional do ponto de vista motivacional. O Paulo Storani é um palestrante que consegue reter a atenção da platéia e fazer ela vibrar com ele.

Além de contar histórias verídicas sobre o BOPE e dos bastidores dos filmes com uma veia humorística ao final ele foi aplaudido em pé pela platéia, que encerrou a palestra gritando em coro: “eu sou caveira!”, numa alusão aos termos que ele explicou que se usa no BOPE.

As histórias são fantásticas, e são contadas com uma energia que faz com que as pessoas se sentissem vivenciando o que estava sendo contado. Imperdível. Se alguém não viu e tiver uma oportunidade algum dia, por favor, não perca! E a Basf está de parabéns por trazer alguém do calibre de Paulo Storani para transformar os controladores de pragas urbanas em “caveiras”.


No espaço Bayer, o lançamento Temprid trouxe um dos principais responsáveis pelo produto nos Estados Unidos. Esta palestra foi bastante técnica e teve foco principalmente no uso do produto no combate ao percevejo de cama.

Muitos gráficos mostraram comparativos de Temprid com outros produtos e a experiência do palestrante possibilitou que a platéia tivesse um bom entendimento das questões técnicas a respeito do controle com o uso do produto.


No espaço Syngenta, uma surpresa: a palestra começou com aspectos mais técnicos e práticos referentes ao Optigard e encerrou logo em seguida, dando lugar à apresentação de um palhaço (sim, um palhaço mesmo) que arrancou boas risadas do público. Foi extremamente divertido.


Abrindo um parênteses, durante esta feira fiquei sabendo que foram lançados pelo menos 3 produtos que possuem mais de um ingrediente ativo: Tenopa (Basf), Temprid (Bayer) e Delvap (Tecnocell). Pelo jeito está aberta a temporada de lançamento de ativos associados. Aguardem, pois muita novidade ainda está por vir.
Outros assuntos importantes tratados na feira foram a questão da devolução das embalagens, em que uma nova reunião deverá ser realizada nos próximos dias para tentar fechar a questão com o Inpev; e a aprovação de novo estatuto da FEPRAG, possibilitando que a instituição finalizasse seu processo de registro e permitindo que esta tenha uma conta-corrente para receber um repasse para investimento em projeto do SEBRAE beneficiando a gestão das empresas do setor.

Eu lamento não ter conseguido assistir especialmente às palestras dos meus amigos Moura, Paulo Costa (que estava de aniversário no dia), Eduardo Crosara, Fábio Costa, França e Sérgio Bocalini, bem como outros que eu ainda não conhecia. Mas tenho certeza que os amigos compreendem.

No final das contas, valeu o esforço e o investimento na feira, e apesar de não poder trazer maiores detalhes sobre as outras palestras, agora as empresas de Controle de Pragas Urbanas possuem outra ferramenta: o PortalPCO. Nos próximos eventos dou um jeito de assistir a tudo.

Para finalizar, agradeço novamente ao apoio da MegaFog, Tecnocell, Basf, Bequisa, Bayer e Syngenta, que acreditaram no projeto do PortalPCO e forneceram brindes a serem sorteados durante o evento. Os ganhadores podem ser vistos em http://www.portalpco.com.br/noticias.php?idNoticia=12. Agradeço também à diretoria da APRAG, que também aceitou o lançamento do PortalPCO durante a Expoprag, e aproveito para parabenizá-los pela organização do evento.

Como sempre, um grande abraço a todos e bons negócios!

E não deixe de se cadastrar no PortalPCO para receber avisos de atualização do blog: http://www.portalpco.com.br/cadastro.php. A partir de agora, o endereço antigo do blog não será mais atualizado, a não ser com informações sobre o projeto político da Feprag.

Dica: coloque o PortalPCO como sua página inicial ou entre seus favoritos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PortalPCO: outra inovação no mercado de Controle de Pragas Urbanas

Conforme vocês puderam ver no post anterior, eu abordei a questão da inovação no mercado de Controle de Pragas Urbanas. Retomando um pouco a questão, há algumas décadas, se fazia a "dedetização" e as famílias eram obrigadas a ficar pelo menos 24 horas fora do local. Com o advento de inseticidas menos tóxicos, como os piretróides, as pessoas passaram a reocupar suas casas apenas 2 horas após a aplicação. As empresas que acreditaram e adotaram essa tecnologia passaram a ter um diferencial frente às demais: você poderia reocupar sua casa pouco tempo após a realização do serviço, sem risco de intoxicação.

Anos depois, surgiram as primeiras iscas gel contra baratas, possibilitando fazer a manutenção do serviço sem a necessidade de evacuação do local e com o uso de uma quantidade muito menor de produtos químicos, e o melhor de tudo, com um resultado bastante eficiente.

No post anterior, referi sobre equipamentos de termonebulização que estão sendo lançados no mercado brasileiro e que estão possibilitando o acesso a equipamentos de excelente qualidade a um preço muito competitivo, significando uma nova revolução no mercado, que significaria a popularização da termonebulização para as desinsetizadoras.

Pois além desta revolução, está para acontecer outra, que também terá o seu lançamento para esta Expoprag: a revolução da democratização da informação e da gestão de empresas de Controle de Pragas Urbanas. Um pouco desta democratização já vem modestamente tentando ser realizada através da difusão de informações e da discussão de idéias feitas neste blog.

Mas agora o blog Xô, Praga! passa a fazer parte de um projeto maior. A partir deste mês de setembro, o blog junta-se a outras ferramentas que passam a estar à disposição das empresas de Controle de Pragas Urbanas no PortalPCO (www.portalPCO.com.br). PCO é a sigla que corresponde às palavras Pest Control Organizations (Empresas de Controle de Pragas), e o setor de Controle de Pragas Urbanas é conhecido por essa sigla em diversos países e já é comum principalmente entre fabricantes aqui no Brasil.

Além do blog Xô, Praga!, o PortalPCO também vai contar o blog Pergunte ao Especialista, no qual são respondidas dúvidas sobre assuntos relativos ao Controle de Pragas Urbanas. O PortalPCO conta ainda com serviços às empresas, tais como:

  • aviso de licitações da área, no qual aparecem somente licitações de acordo com as preferências de cada empresa, e somente da área de controle de pragas;
  • o Gestor de Serviços, que possui um cadastro de clientes e uma agenda para controle e agendamento de serviços, além da emissão de Ordens de Serviço com o logotipo de sua empresa e de acordo com as exigências da RDC 52. Esse sistema permitirá às empresas saber quais os clientes e serviços respondem pelas maiores parcelas de suas vendas, além de auxiliar a identificar que fatores podem estar interferindo na incidência de reaplicações dentro do período de assistência técnica;
  • o Gestor de Documentos, que auxilia a empresa a ficar em dia com sua documentação, emitindo alertas quando se aproximar a necessidade de renovação de licenças e certidões.
Algumas outras funcionalidades estão projetadas, mas ainda não estarão disponíveis durante o lançamento do PortalPCO. Na parte de conteúdos, além de notícias e eventos do setor, o PortalPCO contará com uma área em que os próprios usuários podem inserir conteúdos, como por exemplo, sobre roedores e baratas, semelhante ao conceito existente hoje na Wikipedia.

Durante o período de lançamento na Expoprag, as empresas de Controle de Pragas Urbanas que se cadastrarem no PortalPCO concorrem a prêmios, entre planos de acesso aos serviços do PortalPCO até um equipamento termonebulizador. Veja ao final deste post o endereço para cadastro.

Um dos principais pilares do PortalPCO é a parceria com as associações regionais. Empresas associadas em associações conveniadas ao PortalPCO gozam de descontos que podem chegar a até 60% nos valores das mensalidades. Diversas outras funcionalidades ainda devem surgir no PortalPCO nos próximos meses, pois a idéia é que o portal seja um aliado muito útil para as empresas.

Não deixe de visitar o PortalPCO no seguinte endereço: www.portalPCO.com.br.

Esperamos que goste da novidade!

Um abraço e bons negócios!

Concorra aos sorteios do lançamento do PortalPCO durante a Expoprag! Endereço para cadastro no PortalPCO: http://www.portalPCO.com.br/cadastro.php. Boa sorte!

P.S.: a partir de agora, todas as atualizações deste blog passarão a ocorrer no seguinte endereço: www.portalPCO.com.br/xopraga, e não mais neste endereço.

domingo, 15 de agosto de 2010

Inovação no mercado de controle de pragas urbanas

Prezados(as) amigos(as),

No post deste mês do blog, resolvi falar sobre uma questão importante e que deveria estar mais presente em nosso mercado: a inovação. Inovação é uma coisa curiosa, pois muita gente fala que é necessária e que deve fazer parte da rotina das empresas, mas principalmente no nosso setor, poucas mudanças foram presenciadas no decorrer dos últimos anos.

Falando em inovação, um dos exemplos que me vem à mente é a 3M. No meio acadêmico se conta que o PostIt, algo hoje tão óbvio e tão banal, foi resultado do desenvolvimento de um produto que não deu certo. Lá pelas tantas a equipe que estava trabalhando no projeto se deparou com uma cola que era capaz de fixar papéis em alguma superfície sem na realidade colar. Deste acidente de percurso nasceu esse papelzinho que a gente hoje gruda em tudo que é lugar para se lembrar das coisas. Mera obra do acaso.

A inovação é considerada atualmente como um processo, algo que ocorre continuamente. Muitas vezes acaba fracassando ao objetivo e jogando investimentos milionários pelo ralo, ou eventualmente o erro se transforma em uma oportunidade, e algumas poucas vezes - considerando o que já li sobre inovação e pesquisa e desenvolvimento, são poucas mesmo - o planejamento dá certo e o projeto do novo produto também, e aí é correr pro abraço e já ir pensando no próximo projeto.

No setor de controle de pragas urbanas, me lembro bem quando existiam apenas os termos "desinsetização" ou "dedetização". Eram épocas diferentes. O serviço consistia basicamente em diluir o produto em um pulverizador e passar em tudo que era canto da casa ou estabelecimento. Esse tipo de aplicação apresentava - e ainda apresenta - o inconveniente de que é necessário desocupar o ambiente, fazer o serviço e depois arejar para então reocupá-lo.

Em determinado momento começaram a surgir as iscas em gel. Essas iscas realmente revolucionaram o mercado e mudaram o conceito da desinsetização. A partir dali era possível realizar aplicações nos locais sem necessidade de parar com as atividades dos clientes, nem grandes procedimentos (arrumação do local para pulverização antes, limpeza geral depois), e o que era mais importante: atuando de forma mais eficiente sobre as pragas-alvo.

Mais ou menos nessa época também começaram a surgir com mais força outras ferramentas para auxiliar no controle, tais como armadilhas luminosas, estações de monitoramento, entre outros. Algumas dessas já existiam antes, mas ganharam mais popularidade. Era o começo do manejo integrado ou controle integrado de pragas urbanas, em que se lança mão de um sem-fim de estratégias e ferramentas de controle.

De lá para cá, pouquíssima mudança ocorreu. Uma molécula nova aqui, outra molécula nova ali, mas sem nada que pudesse realizar uma mudança tão profunda como foi no conceito da "dedetização" para o "controle integrado de pragas urbanas". Eu tenho evitado falar sobre produtos e equipamentos aqui para não tomar nenhum posicionamento comercial em favor de A ou B. Mas em se tratando de inovação, preciso citar esse exemplo que no meu entendimento trouxe uma nova tecnologia para o setor. São os termonebulizadores da MegaFog.

Essa empresa entrou no mercado promovendo uma evolução de conceito de equipamentos que existiam antes e que, apesar de terem uma estrutura de funcionamento simples, apresentavam problemas na hora em que mais se precisava deles: a hora do serviço no cliente. Quem usa essas marcas mais tradicionais do mercado sabe do que estou falando: chegar no cliente para fazer o serviço e o equipamento não pega de jeito nenhum.

Com termonebulizadores à gás, o pessoal que desenvolveu os equipamentos da MegaFog teve preocupações com itens como segurança, desempenho, simplicidade no manuseio, baixa manutenção e um dos mais importantes para o bolso das desinsetizadoras: o custo. Eu já vi outros equipamentos à gás por aí, mas sinceramente, a MegaFog conseguiu passar à frente de todos nesses quesitos que enumerei.

Experimentei um dos modelos, o Garden, e é possível utilizar o equipamento até mesmo balançando-o para os lados, para cima, para baixo, apontando a turbina em qualquer direção, que o equipamento continua funcionando como se estivesse na posição normal. A quantidade de fumaça produzida é muito boa e o aproveitamento da calda é total. Além disso, o equipamento produz uma fumaça mais fina, permitindo que se espalhe com facilidade e fique suspensa por mais tempo. Mas uma das coisas que mais me impressionou foi a facilidade para dar a partida. Abrindo algumas válvulas e acionando o botão de partida, é possível ver o equipamento funcionando com extrema facilidade. Esse sistema de partida está presente em todos os modelos da MegaFog. Quanto ao custo, neste quesito surge outro diferencial que merece destaque. O MegaFog Garden possui um preço final que o deixa no mínimo 3 vezes mais barato do que os principais termonebulizadores do mercado.

Juntando todas essas características, creio que atingimos outro ponto de mutação quase tão importante e profundo quanto foi o do surgimento do controle integrado: a popularização da termonebulização. Isso mesmo. Com essas vantagens e um preço muito acessível, esse equipamento facilita muito que mesmo as menores empresas de controle de pragas urbanas possam ter o seu próprio termonebulizador. Pode até não ser uma mudança tão profunda quanto foi na época do surgimento do gel, mas creio que um novo paradigma está surgindo, e nele, desinsetizadora de qualquer porte será capaz de ter a termonebulização entre suas técnicas de aplicação, método antes mais restrito às empresas de porte maior, pelo custo dos equipamentos existentes até então.

Para finalizar o exemplo da MegaFog, eu pude presenciar em um cliente que comprou um equipamento deles algo que não se vê todo dia. O cliente fez algumas sugestões de outras características que no entendimento dele poderiam agregar valor ao equipamento, e o representante da empresa, ao invés de assumir uma postura defensiva ou de simplesmente ignorar o que o cliente falou, registrou as sugestões e disse que levaria para serem discutidas. Ele depois me disse que a empresa está muito preocupada em atender às necessidades de seus clientes, não apenas vender seus produtos. Isso é diferente do que fabricantes de produtos dos mais diversos segmentos costumam fazer: imaginar o que vai resolver o problema do cliente e bolar algo nesse sentido, sem realmente perguntar a ele se aquilo de fato é útil para ele.

Note que a inovação nesse caso foi diferente da inovação da 3M. Enquanto no caso da 3M o resultado foi proveniente de um erro, no caso da MegaFog o resultado foi proveniente de planejamento e da exaustiva avaliação das principais máquinas existentes no mercado.

E já que o assunto em pauta é inovação, está chegando outra inovação que espero que surpreenda tão positivamente o setor de controle de pragas urbanas quanto este exemplo que citei. O blog Xô, Praga!, que existe desde julho de 2008 (sim, fez 2 anos agora!) passará a fazer parte de algo maior. É um projeto que nasceu junto com o blog, mas que demorou mais tempo para amadurecer. Nos próximos dias devemos ter um post específico sobre isso, pois ainda não é possível adiantar nada. Aos amigos que tem acompanhado essa trajetória nesses dois anos, deixo meu muito obrigado. A outros, que prometi essa mudança há mais tempo, ela está chegando (Walter, você é um deles!).

Peço desculpas se fiquei muito tempo falando sobre o equipamento da MegaFog, mas era importante para justificar porque eu acredito que outra mudança profunda está começando em nosso setor.

Aproveito também para lembrá-los sobre a Expoprag 2010, que ocorre agora em setembro em São Paulo. Informações no site http://www.aprag.org.br/.

Um grande abraço e aguarde pelas novidades!

Ah, e o endereço da MegaFog para quem quiser conferir: http://www.megafog.com.br/.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Controle de pragas na política

Este mês ainda não havia conseguido postar nenhum artigo no blog em função da defesa da minha dissertação de mestrado, que ocorre nesta sexta-feira. Depois disso com certeza terei muito mais tempo para dedicar não somente ao blog, mas também a outros projetos na área de controle de pragas que com certeza estarei compartilhando com vocês.

Por ora, somente gostaria de enviar um comunicado acerca do lançamento da candidatura do Biólogo Sérgio Bocalini para concorrer a deputado estadual por São Paulo. Ficou meio em cima da hora, mas creio que ainda em tempo para algumas pessoas poderem se movimentar e mostrar que nosso setor tem expressividade e que pode eleger um candidato que vai lutar pelos interesses do setor.

As pessoas que vêm acompanhando o blog nos últimos meses sabem das dificuldades que tivemos com as legislações que são feitas muitas vezes sem a participação de empresas do setor, e principalmente, todo o esforço que tivemos que dispender para mudar a situação que se criou. Provavelmente as coisas seriam mais fáceis se tivéssemos um representante do setor inserido no meio político.

O Sérgio está inserido em um projeto com esse intuito, fomentado pela FEPRAG e as associações regionais, de termos um representante que brigue pelo setor e elabore projetos que possam vir a valorizar e beneficiar a profissionalização do setor. A escolha foi de iniciar com a candidatura como deputado estadual mas no longo prazo a idéia é ir mais longe e chegar a Brasília.

Infelizmente pela distância, Sérgio e demais amigos, e também pela defesa de meu trabalho aqui nesta sexta-feira, não estarei presente, mas convoco a todas as empresas de controle de pragas, principalmente do estado de São Paulo, extensivo a todas as demais do país, a estarem presentes hoje, dia 27/07, às 19h, no Clube Armênio - Av. Prof. Ascendino Reis, 1450 - Moema, onde será realizado o lançamento da candidatura do Sérgio.

Quem não puder estar presente, como eu, e mesmo quem puder, fica encarregado de mobilizar funcionários, conhecidos, para elegermos o Sérgio. Quem não for do estado de São Paulo, mas tiver amigos e conhecidos que votam lá, também estão convidados a convencê-los a conhecer as propostas do Sérgio e depositar seu voto de confiança nele.

Vamos nos movimentar mais uma vez, como fizemos para mudar a RDC 52, e mostrar que temos força e que podemos ter um representante político do setor!



E um pequeno lembrete: em setembro teremos a Expoprag 2010 em São Paulo. Maiores informações em http://www.aprag.org.br/.

Um abraço a todos e bons negócios!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Divergência RDC 52 x RDC 72

Nosso leitor Carlos Manhães nos escreve parabenizando pelo blog e comentando que fez uma carta à ANVISA questionando um "conflito de periodicidade" entre a RDC 52 (que regulamenta a atividade de controle de pragas) e a RDC 72 (que regulamenta questões sanitárias em portos e embarcações). Obrigado, Carlos, nossa intenção é realmente fazer algo de útil pelo setor, no mínimo levantando discussões e divulgando informações interessantes para as empresas de controle de pragas.

Segundo ele, o texto da nossa conhecida RDC 52 consta desta forma:
"II - controle de vetores e pragas urbanas: conjunto de ações preventivas e corretivas de monitoramento ou aplicação, ou ambos, com periodicidade minimamente mensal..."

Enquanto o texto da não tão conhecida RDC 72 diz o seguinte:
"Art. 80. As embarcações devem, no mínimo semestralmente, submeter-se a procedimentos de desinsetização e desratização, que devem ser comprovados por meio de registros ou atestados."

Nosso amigo Carlos diz que seguindo a RDC 52 a empresa dele deve fazer aplicação pelo menos uma vez por mês, enquanto que os clientes dele exigem certificado semestral pois seguem a RDC 72. E o questionamento dele à ANVISA no final é: o que ele deve fazer? Mensal ou semestral?

Prezado Carlos e demais leitores, infelizmente não tenho maiores embasamentos jurídicos para dar uma opinião técnica sobre o assunto. A primeira coisa que se nota é o que já se constatou há muito tempo. Assim como os diferentes órgãos do Governo não se conversam para criar as leis - temos divergências de entendimento, por exemplo, de quem deve realizar o controle entre Ministério da Agricultura - MAPA e Ministério da Saúde/ANVISA, os dois simplesmente não se entendem e nem fazem questão de sentar à mesa para conversar - também as divisões dentro do mesmo Ministério parecem não falar a mesma língua, como é o caso.

O que eu poderia dizer sobre o questionamento do Carlos? Carlos, vamos por uma linha de raciocínio. A RDC 52 está definindo Controle de Vetores e Pragas Urbanas onde você citou acima. Ela diz que isso corresponde a um "conjunto de ações preventivas e corretivas de monitoramento ou aplicação, ou ambos, com periodicidade minimamente mensal". Pois bem. A RDC 72 trata dos termos "desinsetização" e "desratização". Conceitualmente tenho que Controle de Vetores e Pragas Urbanas é mais amplo que desinsetização e desratização. Na verdade, estes dois últimos fazem parte do conjunto de ações previstas no controle de pragas definido na RDC 52. Logo, você poderia ter contratos em que faz uma aplicação (desinsetização/desratização) semestral e se necessário segue com monitoramento.

Entretanto, nas definições da RDC 72 consta como desinsetização: "medida ou conjunto de medidas sanitárias para controle ou eliminação de insetos em todas as suas formas evolutivas, por métodos mecânicos, biológicos ou químicos". Apesar de não dizer exatamente a mesma coisa que está escrito na definição de Controle de Vetores e Pragas Urbanas da RDC 52, entendo que as definições estão muito semelhantes. Infelizmente não há definição de desratização na RDC 72.

Obviamente com apenas uma aplicação de ambos os serviços por semestre sabemos que a eficácia do tratamento pode e provavelmente vai ficar comprometida (imagine o navio parando em tudo quanto é porto e recebendo novos hóspedes roedores depois que as iscas forem todas consumidas, talvez em um mês ou dois). Também não conheço profundamente esta atividade em navios, não sei se seria possível realizar uma aplicação mensal de raticida, por exemplo (o navio poderia sair e ficar dois ou três meses em alto mar, talvez).Talvez até por essa razão a RDC 72 especifique que deve ser no mínimo semestralmente, pois poderia haver casos em que se tornaria impossível realizar aplicações ou vistorias mensais.

A questão é que talvez você tenha uma brecha nessa definição de termos de Controle de Vetores e Pragas Urbanas e desinsetização e desratização. Outra questão que pode ser explorada é que na RDC 80 você pode ver que eles escreveram "no mínimo semestralmente". Talvez um advogado de plantão que nos lê possa nos esclarecer se há uma hierarquia entre essas RDCs, pois se prevalecer a RDC 52 nesta questão da periodicidade por tratar especificamente da atividade de controle de pragas urbanas, já estaria resolvido como sendo minimamente mensal.

No final das contas, não sei se consegui ajudar ou se embolei mais ainda as coisas. Mas a discussão está aberta, se alguém puder e desejar dar seus palpites a respeito ou mesmo tiver alguma posição formalizada pelos órgãos fiscalizatórios, ficaremos felizes em sermos esclarecidos. Talvez até mesmo o próprio Carlos já tenha uma resposta da ANVISA. Vamos aguardar os comentários.

Bons negócios!

Avisos de utilidade pública:


A ABCVP informa que há mudanças na obtenção de licença ambiental pelo INEA (RJ). Entre as mudanças está a ampliação da validade desta, e a classificação dos tamanhos de laboratórios e depósitos. Visto que estes parâmetros estavam ocasionando taxas elevadas para as empresas, a ABCVP conseguiu ampliar essas classificações. Maiores informações podem ser obtidas em www.abcvp.com.br ou entrando em contato com a associação.


A APRAG juntamente com o SEBRAE-SP está trabalhando em um Projeto de Desenvolvimento para o Setor de Controle de Vetores e Pragas Urbanas. O projeto visa alavancar e profissionalizar a gestão das empresas do setor. Maiores informações em www.aprag.org.br ou entrando em contato com a associação.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Publicada alteração da RDC 52

Prezados(as) amigos(as),

Com satisfação comunico que a FEPRAG conseguiu junto à ANVISA, que se dispôs a dialogar com representantes das empresas de controle de pragas, reverter a situação problemática causada pelo Artigo 9 da RDC 52.

Para quem não recorda, houve uma polêmica e inclusive casos críticos em alguns estados devido ao referido artigo proibir a instalação de empresas de controle de pragas urbanas em escolas, hospitais, restaurantes, residências, etc., e áreas adjacentes a estes. Levantamentos apontaram que um número muito próximo de 100% das empresas se encontravam em áreas que poderiam ser consideradas adjacentes, dependendo da interpretação das VISAs municipais a respeito do que exatamente seria adjacente (do lado, 20 metros, 100 metros?).

Pois agora este problema está solucionado. Saiu no Diário Oficial da União em 13/05/2010, a RDC 20, de 12/05/2010, que possui apenas uma determinação:

"Art. 1o - O Art. 9o da Seção III Das instalações do CAPÍTULO II DOS REQUISITOS PARA FUNCIONAMENTO da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 52 de 22 de outubro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação:
'Art. 9o - As instalações da empresa especializada são de uso exclusivo, sendo vedada a instalação do estabelecimento operacional em prédio ou edificação de uso coletivo, seja comercial ou residencial, atendendo às legislações relativas à saúde, segurança, ao ambiente e ao uso e ocupação do solo urbano.'
Art. 2o - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação."

Como podem ver, agora a redação está similar ao que já existia na extinta RDC 18. Trabalhadores de centenas de empresas de controle de pragas urbanas podem dormir tranqüilos agora. O pior já passou.

Mais uma vez, parabéns a todos que levantaram contra essa imposição e ajudaram a FEPRAG a mostrar aos órgãos que fazem a regulamentação, que o setor tem relevância sim e que vamos seguir lutando para continuar trabalhando digna e honestamente todos os dias.

Aproveito a oportunidade e lembro a todos que em setembro teremos Expoprag! Um abraço a todos, obrigado aos que colaboraram e parabéns a todos!

Bons negócios!

terça-feira, 13 de abril de 2010

O tempo está correndo... (RDC 52)

Como todos sabem, a RDC 52, de 26 de outubro de 2009, dá um prazo de 180 dias para adequação das empresas que já estavam em operação na data de sua publicação. Este prazo expira em 24/04/2010, daqui a pouco mais de uma semana.

Entre os diversos itens que precisam ser adequados, tais como material promocional, fachada da empresa, veículos, comprovantes e certificados de serviço, o que tem causado maior preocupação a nível nacional é o tão falado artigo 9, que diz que as empresas de controle de pragas não podem ser estabelecidas em áreas adjacentes a residências, escolas, creches, hospitais e empresas de alimentação. Isso tira do mapa praticamente todas as empresas de controle de pragas do país.

Quem vem acompanhando o blog sabe que a FEPRAG e as associações das empresas de controle de pragas de cada estado vêm se mobilizando para mudar isso. O resultado é que na metade de março foi realizada uma reunião em Brasília, com representantes jurídicos, técnicos e políticos da ANVISA, as VISAs de alguns estados (embora todos os estados tenham sido convidados, apenas compareceram representantes de São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiânia, mostrando como é o interesse público nesta questão), representantes da FEPRAG e o Dr. Jair Rosa Duarte, onde se discutiu a questão do artigo 9 e todos concordaram com a alteração, retirando a palavra "adjacentes" do texto e ficando algo como "nas mesmas áreas que".

A ANVISA ficou de publicar a alteração o quanto antes possível, mas parece que mais uma vez a burocracia aparece para atrapalhar o setor produtivo, que tenta ganhar seu dinheiro honestamente e movimenta a economia do país. Até agora nada foi publicado, o que significa que, se as Vigilâncias Sanitárias quiserem interditar ou autuar empresas de controle de pragas que estejam instaladas ao lado de uma residência, até que saia a publicação no Diário Oficial da União, estes fiscais estão plenamente respaldados pela RDC 52 na forma que está redigida atualmente.

Não quero parecer pessimista, mas pelo burburinho que já andei ouvindo em outros estados, creio que teremos algumas empresas com problemas em suas cidades, principalmente onde a fiscalização tem a síndrome da carteirinha. A estes eu recomendo que estejam com seus advogados a postos para ganhar tempo até que saia a tal alteração.

E mesmo na iminência da publicação desta alteração, os demais itens da RDC devem ser adequados até 24/04/2010, salvo a questão das devoluções das embalagens, que recebeu um prazo de 18 meses. E lembrando também que agora a RDC exige, além da licença sanitária, também a licença ambiental, que tem sido muito problemática de conseguir no estado do Rio Grande do Sul, por exemplo.

Recomendo a todos que reservem um tempo nos próximos dias para fazer um check-list das exigências da resolução da ANVISA e verificarem quais aspectos necessitam ser adptados em suas empresas ainda. Estar em dia com os outros aspectos pode ajudar a amainar um pouco os ânimos da fiscalização quanto à questão da localização.

Um abraço e bons negócios!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Serviços de controle de pragas em órgãos públicos

Senhores(as),

Na semana passada eu estava participando de uma discussão a respeito de um órgão público que estava licitando serviços de controle de pragas juntamente com outros serviços (limpeza, por exemplo). Isso acontece com certa freqüência. Neste caso acabam entrando grandes empresas de limpeza que não entendem nada sobre o controle propriamente dito, mas que estão de olho nos serviços de limpeza e portaria, muitas vezes fazendo um controle de pragas precário ou subcontratando.

Eu já abordei a questão de compras por órgãos públicos aqui (ver link no final), se você tiver interesse deve conhecer a fundo a Lei 8.666 (chamada de Lei das Licitações) e a Lei 10.520, que trata dos pregões presenciais ou eletrônicos.

Ocorre que o setor de controle de pragas urbanas obteve uma vitória importante neste sentido com a RDC 52, apesar dos aspectos negativos e restritivos (que estão sendo revistos em reunião com a ANVISA mais precisamente hoje). Essa vitória dá armas para os empresários do setor possam brigar com essas licitações que fecham diversos serviços num "pacotão", dificultando a entrada de empresas especializadas no controle de pragas.

Estou falando sobre o Artigo 6o, que diz:

Art. 6o. A contratação de prestação de serviço de controle de vetores e pragas urbanas somente pode ser efetuada com empresa especializada.

Isso quer dizer que se houver contratação de alguém para realizar qualquer serviço de controle de pragas urbanas, necessariamente este alguém deve ser uma empresa especializada. Com esta argumentação, que se baseia na Resolução da ANVISA, que é quem regula o uso deste tipo de produtos e as empresas que fazem uso dele, há uma grande chance de que se possa impugnar o edital para exigir que as compras dos serviços sejam feitas em separado.

Para reforçar este argumento pode-se inclusive dizer que as pessoas que vão aplicar os produtos precisam ser preparadas, treinadas, para justamente ter conhecimento para manipular produtos químicos tóxicos, obter um controle mais efetivo e evitar acidentes, e isso demanda o uso de serviços por profissionais especializados.

Claro que se a sua empresa impugnar um edital, ele pode voltar com um parecer não favorável ao atendimento das suas solicitações. Isto depende muito de quem vai avaliar. Neste caso algumas vezes é necessário lançar mão de instâncias superiores, se valer a pena. Mas a lei é clara: a contratação deve ser realizada apenas com empresas especializadas.

É importante lembrar também que há prazos para impugnação de editais, recursos, etc., e todos estão descritos naquelas leis que citei lá no começo deste post.

Não são todas as empresas que optam por prestar serviços a órgãos públicos, mas para quem tem interesse nesta área, fica a dica. Pode ser útil em algum momento.

Grande abraço e bons negócios!

Links para as discussões anteriores sobre licitações
Serviços de controle de pragas em órgãos públicos: 
http://xo-praga.blogspot.com/2008/08/servios-de-controle-de-pragas-em-rgos.html
Pregão Eletrônico:
http://xo-praga.blogspot.com/2008/09/prego-eletrnico.html

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Vitória do Associativismo!

UFA! Parece que conseguimos... Não sei se pela intervenção de pessoas que tinham acesso ao pessoal da ANVISA, não sei se talvez por alguma cobrança de conselhos profissionais que possam ter sido alertados pelas empresas de controle de pragas, não sei se pela insistência do pessoal da FEPRAG e Associações, ou mesmo uma soma de tudo isso, mas a verdade é que a ANVISA sinalizou que vai mexer no texto que a ela própria declarou na época da publicação que seria o texto final e que não havia possibilidade de ser mudado.

A verdade é que não teríamos conseguido nada se não estivéssemos organizados em prol da coletividade das empresas de controle de pragas urbanas. E foi assim, com reuniões nacionais, mexe daqui, mexe dali, alguém da associação de tal estado tem um amigo que conhece um amigo de alguém influente, o outro tem um advogado que está orientando, o outro dá uma idéia nova, e assim vai. Então, se há vitória, há que se agradecer aos combatentes das associações, em especial à FEPRAG, que consolida os movimentos regionais e dá mais força e representatividade ao segmento a nível nacional. Parabéns, esta é uma conquista de todos. A primeira de muitas, espero. E que nos mostra que o setor tem força, se for organizado e coeso.

Segundo o Sr. Antônio Marco França Oliveira, presidente da FEPRAG, a entidade entende que a ANVISA deu um grande passo, mostrando que se preocupa com o setor e reconhecendo que a forma com que o artigo 9 da RDC traria muitos prejuízos ao setor em geral e de uma forma profissional e ética buscou o diálogo com o pessoal da FEPRAG. Para o Sr. França, este episódio confirma a importância das associações e consolida a figura da FEPRAG, e a vitória deve ser atribuída não a um ou dois personagens que participaram, mas sim a diversos líderes empresariais que dedicam seu tempo em prol da coletividade.
Há o que melhorar nas associações e na própria FEPRAG? Sem dúvida que sim, como qualquer empresa que está presente no mercado. Mas estamos construindo isso. E somente vamos conseguir se unirmos nossas forças. Se a ANVISA cumprir mesmo o que foi tratado com a FEPRAG, não teremos em três meses um setor inteiro jogado na clandestinidade por força de um texto cujas conseqüências não foram planejadas. Por isso, se você ainda não é associado, vá até a associação do seu estado e diga que quer participar, que quer ajudar o movimento a ganhar força, que quer crescer junto com o setor e quer saber no que pode colaborar para termos associações melhores. Se você já é associado, ótimo, mas quero fazer um convite: PARTICIPE!

Quero aproveitar a ocasião para comentar a respeito de um ilustre empresário do setor, do estado do Espírito Santo, que está acompanhando o blog. No mês passado ele comentou sobre as primeiras críticas que fiz à publicação da RDC 52, em 31/10/2009 (se desejar, confira o link ao final deste post). Infelizmente, não sei dizer o nome, pois o comentário foi postado anonimamente e talvez a pessoa não tenha se dado conta de que não seria identificada, ou talvez até tenha se dado conta, e é justamente para incentivar comentários que configurei para permitir comentários anônimos.

Voltemos ao "X" da questão. Ele diz que tem uma empresa pequena, que conseguiu se legalizar a muito custo, e que ouviu de outro empresário, já constituído há mais tempo, que "Nós queremos que as pequenas empresas fechem mesmo e deixem de atrapalhar o mercado". O que eu posso dizer? A pessoa que proferiu estas palavras, que seria membro de uma associação, simplesmente não foi feliz ou não entende nada dos objetivos do associativismo.

Sim, é verdade que existem muitas empresas no mercado fazendo loucuras com preços. Sim, é verdade que existem muitos "profissionais" que não entendem bulhufas do que estão fazendo e acham que controlar pragas é só jogar um "veneninho" no local. Sim, genericamente muita gente põe a culpa nos pequenos, porque teoricamente seriam empresas abertas por pessoas despreparadas tecnicamente ou gerencialmente, ou ambos. Aliás, esse é um pressuposto perigosíssimo de se generalizar.

Mas a conclusão disso é que o movimento associativista então deve ser uma união dos maiores para combater os menores? Que absurdo! Se alguma associação foi constituída com este objetivo, certamente não terá credibilidade, nem representatividade, muito menos sucesso. Isso porque o associativismo deve "impulsionar" o setor, não restringir o setor. Há mercado para todos. Alguns se especializam em um nicho, outros em outro, alguns se especializam em pragas específicas, outros não. A verdade é que se conseguíssemos aprovar uma lei de âmbito nacional que obrigasse estabelecimentos de qualquer tipo que lidem com alimentos - inclusive os fiscalizados pelas Secretarias da Agricultura - a realizar o controle de pragas somente com empresas especializadas, provavelmente as empresas existentes não dariam conta da demanda. Isso falando somente em estabelecimentos na área de alimentação.

Se a associação vai "brigar" por uma regulamentação assim, também deve cuidar para que haja o mínimo daqueles casos de empresas incapazes tecnicamente ou gerencialmente de operar, capacitando seus associados em formação de preços e outras técnicas gerenciais, em biologia e controle das pragas, técnicas de aplicação, entre outros.

Essa é a missão de uma associação, e ela só vai dar certo se fizer isso: ajudar a gerar demanda e garantir que seus associados estão capacitados para atendê-la. Portanto, prezados leitores que tiveram paciência de chegar até aqui, e também ao meu amigo do Espírito Santo: Participe de sua associação. Ninguém é dono da verdade, por isso é importante a participação de todos. Não deixe que alguns poucos subvertam o objetivo nobre do associativismo, que é em prol do coletivo.

Outra questão que vem reforçar a importância do movimento associativista é que está para ser finalizado em breve um projeto junto ao SEBRAE para oferecer suporte, treinamento e profissionalização junto principalmente às micro e pequenas empresas de controle de pragas. Isso é mais uma obra da FEPRAG e das associações dos estados. Assim que houver alguma novidade a respeito, vou postar aqui.
Finalizando, agradeço a todos os que estão acompanhando, em especial um grande abraço ao Sérgio e ao França, que foram representar a FEPRAG e o setor em Brasília como guerreiros, e retornaram vitoriosos. Um abraço também ao Jair de Igrejinha, ao Gilton, de Sapucaia do Sul e ao nosso amigo anônimo do Espírito Santo. Espero que o texto de hoje tenha convencido-o, assim como aos demais, de que o associativismo é importante para todos nós e que precisamos estar participando do que acontece.

Um grande abraço a todos e bons negócios!

Link para o post de 31/10/2009: Quem faz as leis não conhece a realidade do país...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Entrevista Lucy Figueiredo e RDC 52/2009 ANVISA

Estou há horas já para escrever isso mas sempre acaba entrando outro assunto na pauta. Quem ainda não teve a oportunidade de ver, recomendo dar uma olhada na entrevista do Jô Soares com a Bióloga Lucy Ramos Figueiredo, Diretora Técnica da ABCVP, que mostrou todo o seu carisma. A entrevista é bem interessante (e mostra que o Jô consegue fazer graça com quase tudo mesmo). Além de algumas informações e curiosidades sobre baratas e ratos, foi excelente do ponto de vista das Empresas de Controle de Pragas a Lucy ter aproveitado o momento de projeção nacional para fazer um apelo para que as pessoas usem apenas serviços de empresas legalizadas.

Talvez não precisasse ter dito que a loja da Kopenhagen estava infestada com roedores (não creio que a loja tenha gostado deste tipo de exposição). Também creio que não se deveria dar idéia de misturar alimentos (no caso chocolate) com raticida, pois isso é um convite a acidentes domésticos - imagine alguém que tem camundongos em casa e resolve misturar chocolate com raticida e alguma criança come. Nós temos que ter consciência que o controlador de pragas tem a responsabilidade de lidar com produtos tóxicos e, apesar da relativa segurança, não podemos sair dando idéias para a população fazer as mesmas coisas sem saber o que estão fazendo.

Mas no final das contas, a Lucy e a ABCVP estão de parabéns por ter conseguido este momento na mídia. Ao final deste post você verá um link para a entrevista.

Sobre a RDC 52/2009, a ANVISA publicou uma nota de esclarecimento sobre o artigo 9, que diz que as Empresas de Controle de Pragas não podem ter suas bases operacionais em áreas adjacentes a escolas, residências, hospitais e empresas de alimentação, fazendo com que praticamente todas as empresas no Brasil estejam situadas em locais impróprios do dia para a noite. Na verdade, ainda não, pois o prazo de 180 dias para adaptação ainda não acabou, apesar de já estar quase na metade. Isso quer dizer que quem ainda não se adaptou tem pouco mais de três meses para fazê-lo.

Aí entra a importância do movimento associativista. A FEPRAG, que congrega as associações estaduais das empresas de controle de pragas, está se mobilizando e irá à Brasília nos próximos dias buscar uma solução para esse impasse, pois não é do interesse de ninguém que, passando os 180 dias, todo um setor seja jogado na clandestinidade, já que poucos têm condições financeiras e dependendo do município, até mesmo um local apropriado para se intalar conforme manda a nova regulamentação.

Eu pessoalmente acredito que neste momento é importante fazermos um movimento em conjunto, já que a ANVISA se viu obrigada a ceder aos Conselhos Profissionais a determinação de quais profissionais podem atuar como Responsáveis Técnicos, vejo como sendo de extrema importância que os Conselhos também entrem nesta discussão, pois eles têm uma força política já estabelecida, enquanto o setor de Controle de Pragas está procurando ainda mostrar que tem força.

O raciocínio é o seguinte: se sua empresa está devidamente legalizada, ela por força de lei possui registro no Conselho Regional de seu responsável técnico, no mínimo (aqui no RS muitas empresas estão registradas no Conselho do RT e também no CRQ - Conselho Regional de Química). Além de as empresas estarem registradas nestes Conselhos, os profissionais (químicos, agrônomos, veterinários, etc.) também precisam fazer uma anotação de responsabilidade técnica perante o seu respectivo Conselho.

Ora, se daqui a 4 meses, 95% das empresas (acho que estou chutando baixo esse percentual) estarão ilegais perante a nova regulamentação, portanto, não conseguindo licença para funcionamento, porque pagariam o Conselho Profissional, e mais, porque contratariam um Responsável Técnico??? Sendo assim, os efeitos negativos desta regulamentação vão obrigatoriamente decair também sobre os RT das empresas, bem como o Conselho Regional que eles e as empresas estão registradas.

Isso significa: 1) que os Conselhos terão uma diminuição significativa da atuação de seus profissionais como Responsáveis Técnicos, o que certamente não é de interesse nem dos profissionais, nem dos Conselhos; 2) que os Conselhos terão uma diminuição de arrecadação, pois perderão no Brasil todo, o pagamento de cerca de 3.000 empresas registradas, e de seus respectivos Responsáveis Técnicos, que não serão mais necessários, já que as empresas que continuarem funcionando estarão irregulares e o RT e o Conselho acabam sendo um custo desnecessário.

Cada Conselho sabe o que arrecada no mercado de Controle de Pragas Urbanas. Então creio que seja hora, além de tentarmos diretamente a mudança na ANVISA, usarmos as forças dos Conselhos. A minha sugestão é: Senhor Empresário: vá até o Conselho Profissional que você paga e fale sobre este artigo 9 da RDC 52. Diga que você não tem condições de mudar, assim como grande parte das empresas do Brasil. E diga que terá que fechar as portas se isto continuar assim, e provavelmente essa grande parte das empresas farão o mesmo. E se reúnam com seus Responsáveis Técnicos, e digam para eles comparecerem nos Conselhos também e dizer que vão perder a função de RT em função da RDC 52.

É um momento de mobilização. Façam isso, empresário de Controle de Pragas Urbanas e Responsáveis Técnicos. Milhares de empresas e funcionários, bem como a saúde da população, precisam disso. Chega de ficarmos sentados recebendo ordens de uma instituição chamada Governo que não liga para os problemas dos cidadãos. Vamos lutar!

Finalizo este post mandando um abraço para: Fernando, de Viamão, Sérgio Cancelli, Luciano Semensato, Gustavo Ahlert, Sérgio Ormondes que leram o post sobre a mensagem de final de ano ou outros e estão acompanhando o blog.

Clique aqui para ver a entrevista da Lucy Figueiredo no programa do Jô Soares.

Um grande abraço a todos e bons negócios!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Alternativa ao uso de iscas mosquicidas (que estão em falta no mercado)

Amigos, antes de mais nada, me reportando aos leitores em relação aos temas tratados anteriormente (especificamente a publicação da RDC 52), a questão da localização das empresas deverá ser alvo de um esclarecimento da ANVISA. A FEPRAG consultou a gerência de saneantes e eles informaram que a interpretação da proibição das empresas de controle de pragas ao lado de escolas, residências, etc., não seria esta, eles teriam se expressado de forma equivocada e iriam fazer um esclarecimento oficial. O esclarecimento já está no site, e não melhora nada a situação do artigo 9. A FEPRAG está avaliando que atitudes podem ser tomadas na defesa dos interesses das empresas de controle de pragas.

Não costumo ficar discutindo questões mais técnicas, até porque tem tanta outra coisa importante para discutir, que isso acaba ficando em segundo plano. Mas há uma situação no mercado que resultou numa falta de iscas eficientes para moscas a preços acessíveis. Tenho visto uma busca por alternativas eficientes, para o que alguns estão chamando de "o ano das moscas", e é isto que me motivou a escrever sobre o assunto. O fato é que tenho ouvido muitas empresas comentando sobre a eficiência de um produto, que acredito que valha a pena tecer alguns comentários, pois quem usou ficou impressionado com o resultado.

Há alguns meses atrás ouvi falar de um produto que estava sendo registrado contra moscas, cupins, formigas, baratas e pulgas. Não quero entrar no mérito do produto em si, mas acho interessante levantar algumas questões sobre a molécula e a forma de ação.

Essa molécula apresentou, nos testes para o registro contra pulgas, uma mortalidade de 100% em 24 horas. Teve um excelente resultado no controle de baratas, inclusive da Blatella germanica, que é uma dor de cabeça para muitas empresas, e eu pessoalmente conheço muitas empresas que acabam usando produtos que não possuem registro para baratas porque não havia uma alternativa realmente eficiente nos casos mais críticos e que cumprisse os requisitos legais. Contra moscas então, um estouro. Ação rápida e fulminante.

Já que falei sobre alguns aspectos de controle que as empresas costumam ter dificuldade, vou entrar também em algumas explicações para o sucesso da molécula:
  • O nome da molécula é Thiametoxam, do grupo químico dos neonicotinóides. Todos sabemos que a rotação dos ativos é importante para o manejo da resistência. E conforme já tratado anteriormente aqui no blog, essa rotação deve se dar entre os grupos químicos, já que dentro do mesmo grupo o mecanismo de ação costuma ser semelhante, facilitando a adaptação de uma molécula para outra. Sendo assim, é uma alternativa para rotação de grupo químico, já que a grande maioria dos produtos utilizados hoje são dos grupos dos piretróides e organofosforados;
  • Diferente dos piretróides, essa molécula não tem ação de repelência, o que facilita com que o inseto entre em contato com o ativo pelo fato de o inseto não perceber a presença do inseticida. Isso é uma característica muito importante, e acredita-se que isso tem conferido ao produto um resultado tão bom. É por isso que a Blatella tem maior contato com o produto, por isso a mosca pousa com mais facilidade sobre as superfícies tratadas, por isso provavelmente que a taxa de mortalidade das pulgas é tão elevada em um curto período de tempo, e essa é uma das características que auxilia no controle de formigas e cupins, também. Vou confidenciar que fiquei sabendo de outras pragas que deu excelente resultado também, mas não posso incentivar as empresas a fazerem uso indevido, então vamos aguardar que saia outros registros...
Como se não bastasse isso, a molécula não causa irritação no aplicador (o que não dispensa o uso de EPI) e não tem cheiro. A toxicidade é baixíssima, muito menor do que piretróides, por exemplo, que são considerados produtos bastante seguros (informação baseada na comparação da DL 50 de diversas moléculas: diclorvós, bifentrina, deltametrina, propoxur, malathion, fipronil, clorpirifós, entre outras).
Voltando à questão das moscas, já que as principais iscas usadas no controle estão em falta, o que tem sido usado como alternativa é a adição de açúcar à calda com o Thiametoxam, formando uma espécie de isca para moscas. Como a molécula não tem efeito de repelência, esta isca tem uma atratividade muito boa. O feedback que tenho recebido é de que a fórmula consiste em misturar 100g de açúcar em 1 litro de água, com uma dose do produto (eu acredito que pode ser menos, diluindo uma dose em 5 litros de água e 500g de açúcar). É importante frisar algumas coisas. Primeiro, é interessante não misturar outros produtos, para não gerar um efeito de repelência, que é justamente o contrário do que se deseja. Sendo assim, também é recomendável utilizar pulverizadores especificamente para essa iscagem (há pulverizadores pequenos, de pouco mais de 1 litro no mercado que se tornam bem práticos para isso). Por último, essa calda não deve ser usada como uma pulverização geral, mas sim aplicando em pontos específicos que irão atrair as moscas (por exemplo, marco de portas e janelas do lado de fora, paredes externas, etc., locais que podem atrair moscas sem problemas).
A morte das moscas ocorre rapidamente, então a possibilidade de elas ficarem incomodando após pousar na isca é muito baixa, e pelos retornos que tive, a receita está resolvendo mesmo os casos mais problemáticos de controle. Repare que estamos falando do Thiametoxam registrado para uso domissanitário (registrado no Ministério da Saúde). Um outro produto com esta molécula que tem o registro para uso veterinário acaba ficando muito mais caro.
Pessoal, são essas as informações básicas que tive acesso a respeito da molécula e achei interessante dividir com vocês. Fiquem de olho, pois acredito que esta é a primeira molécula que está prometendo mudanças no controle de pragas nos últimos anos. Infelizmente nesse setor as novidades não aparecem com a freqüência que gostaríamos, então fica a dica: fique de olho...

Para finalizar, gostaria de mandar um abraço ao Sérgio Cancelli, que disse que acompanha o blog e está gostando. Obrigado, Sérgio, por acompanhar o trabalho e também aos demais que têm estado junto nessa caminhada!

Abraços e bons negócios!