domingo, 15 de agosto de 2010

Inovação no mercado de controle de pragas urbanas

Prezados(as) amigos(as),

No post deste mês do blog, resolvi falar sobre uma questão importante e que deveria estar mais presente em nosso mercado: a inovação. Inovação é uma coisa curiosa, pois muita gente fala que é necessária e que deve fazer parte da rotina das empresas, mas principalmente no nosso setor, poucas mudanças foram presenciadas no decorrer dos últimos anos.

Falando em inovação, um dos exemplos que me vem à mente é a 3M. No meio acadêmico se conta que o PostIt, algo hoje tão óbvio e tão banal, foi resultado do desenvolvimento de um produto que não deu certo. Lá pelas tantas a equipe que estava trabalhando no projeto se deparou com uma cola que era capaz de fixar papéis em alguma superfície sem na realidade colar. Deste acidente de percurso nasceu esse papelzinho que a gente hoje gruda em tudo que é lugar para se lembrar das coisas. Mera obra do acaso.

A inovação é considerada atualmente como um processo, algo que ocorre continuamente. Muitas vezes acaba fracassando ao objetivo e jogando investimentos milionários pelo ralo, ou eventualmente o erro se transforma em uma oportunidade, e algumas poucas vezes - considerando o que já li sobre inovação e pesquisa e desenvolvimento, são poucas mesmo - o planejamento dá certo e o projeto do novo produto também, e aí é correr pro abraço e já ir pensando no próximo projeto.

No setor de controle de pragas urbanas, me lembro bem quando existiam apenas os termos "desinsetização" ou "dedetização". Eram épocas diferentes. O serviço consistia basicamente em diluir o produto em um pulverizador e passar em tudo que era canto da casa ou estabelecimento. Esse tipo de aplicação apresentava - e ainda apresenta - o inconveniente de que é necessário desocupar o ambiente, fazer o serviço e depois arejar para então reocupá-lo.

Em determinado momento começaram a surgir as iscas em gel. Essas iscas realmente revolucionaram o mercado e mudaram o conceito da desinsetização. A partir dali era possível realizar aplicações nos locais sem necessidade de parar com as atividades dos clientes, nem grandes procedimentos (arrumação do local para pulverização antes, limpeza geral depois), e o que era mais importante: atuando de forma mais eficiente sobre as pragas-alvo.

Mais ou menos nessa época também começaram a surgir com mais força outras ferramentas para auxiliar no controle, tais como armadilhas luminosas, estações de monitoramento, entre outros. Algumas dessas já existiam antes, mas ganharam mais popularidade. Era o começo do manejo integrado ou controle integrado de pragas urbanas, em que se lança mão de um sem-fim de estratégias e ferramentas de controle.

De lá para cá, pouquíssima mudança ocorreu. Uma molécula nova aqui, outra molécula nova ali, mas sem nada que pudesse realizar uma mudança tão profunda como foi no conceito da "dedetização" para o "controle integrado de pragas urbanas". Eu tenho evitado falar sobre produtos e equipamentos aqui para não tomar nenhum posicionamento comercial em favor de A ou B. Mas em se tratando de inovação, preciso citar esse exemplo que no meu entendimento trouxe uma nova tecnologia para o setor. São os termonebulizadores da MegaFog.

Essa empresa entrou no mercado promovendo uma evolução de conceito de equipamentos que existiam antes e que, apesar de terem uma estrutura de funcionamento simples, apresentavam problemas na hora em que mais se precisava deles: a hora do serviço no cliente. Quem usa essas marcas mais tradicionais do mercado sabe do que estou falando: chegar no cliente para fazer o serviço e o equipamento não pega de jeito nenhum.

Com termonebulizadores à gás, o pessoal que desenvolveu os equipamentos da MegaFog teve preocupações com itens como segurança, desempenho, simplicidade no manuseio, baixa manutenção e um dos mais importantes para o bolso das desinsetizadoras: o custo. Eu já vi outros equipamentos à gás por aí, mas sinceramente, a MegaFog conseguiu passar à frente de todos nesses quesitos que enumerei.

Experimentei um dos modelos, o Garden, e é possível utilizar o equipamento até mesmo balançando-o para os lados, para cima, para baixo, apontando a turbina em qualquer direção, que o equipamento continua funcionando como se estivesse na posição normal. A quantidade de fumaça produzida é muito boa e o aproveitamento da calda é total. Além disso, o equipamento produz uma fumaça mais fina, permitindo que se espalhe com facilidade e fique suspensa por mais tempo. Mas uma das coisas que mais me impressionou foi a facilidade para dar a partida. Abrindo algumas válvulas e acionando o botão de partida, é possível ver o equipamento funcionando com extrema facilidade. Esse sistema de partida está presente em todos os modelos da MegaFog. Quanto ao custo, neste quesito surge outro diferencial que merece destaque. O MegaFog Garden possui um preço final que o deixa no mínimo 3 vezes mais barato do que os principais termonebulizadores do mercado.

Juntando todas essas características, creio que atingimos outro ponto de mutação quase tão importante e profundo quanto foi o do surgimento do controle integrado: a popularização da termonebulização. Isso mesmo. Com essas vantagens e um preço muito acessível, esse equipamento facilita muito que mesmo as menores empresas de controle de pragas urbanas possam ter o seu próprio termonebulizador. Pode até não ser uma mudança tão profunda quanto foi na época do surgimento do gel, mas creio que um novo paradigma está surgindo, e nele, desinsetizadora de qualquer porte será capaz de ter a termonebulização entre suas técnicas de aplicação, método antes mais restrito às empresas de porte maior, pelo custo dos equipamentos existentes até então.

Para finalizar o exemplo da MegaFog, eu pude presenciar em um cliente que comprou um equipamento deles algo que não se vê todo dia. O cliente fez algumas sugestões de outras características que no entendimento dele poderiam agregar valor ao equipamento, e o representante da empresa, ao invés de assumir uma postura defensiva ou de simplesmente ignorar o que o cliente falou, registrou as sugestões e disse que levaria para serem discutidas. Ele depois me disse que a empresa está muito preocupada em atender às necessidades de seus clientes, não apenas vender seus produtos. Isso é diferente do que fabricantes de produtos dos mais diversos segmentos costumam fazer: imaginar o que vai resolver o problema do cliente e bolar algo nesse sentido, sem realmente perguntar a ele se aquilo de fato é útil para ele.

Note que a inovação nesse caso foi diferente da inovação da 3M. Enquanto no caso da 3M o resultado foi proveniente de um erro, no caso da MegaFog o resultado foi proveniente de planejamento e da exaustiva avaliação das principais máquinas existentes no mercado.

E já que o assunto em pauta é inovação, está chegando outra inovação que espero que surpreenda tão positivamente o setor de controle de pragas urbanas quanto este exemplo que citei. O blog Xô, Praga!, que existe desde julho de 2008 (sim, fez 2 anos agora!) passará a fazer parte de algo maior. É um projeto que nasceu junto com o blog, mas que demorou mais tempo para amadurecer. Nos próximos dias devemos ter um post específico sobre isso, pois ainda não é possível adiantar nada. Aos amigos que tem acompanhado essa trajetória nesses dois anos, deixo meu muito obrigado. A outros, que prometi essa mudança há mais tempo, ela está chegando (Walter, você é um deles!).

Peço desculpas se fiquei muito tempo falando sobre o equipamento da MegaFog, mas era importante para justificar porque eu acredito que outra mudança profunda está começando em nosso setor.

Aproveito também para lembrá-los sobre a Expoprag 2010, que ocorre agora em setembro em São Paulo. Informações no site http://www.aprag.org.br/.

Um grande abraço e aguarde pelas novidades!

Ah, e o endereço da MegaFog para quem quiser conferir: http://www.megafog.com.br/.