quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mensagem de final de ano

Olá, pessoal!

Vou fugir um pouco do normal neste post, provavelmente devido à fase que estou passando.

Depois de um período de bastante correria, algumas vitórias e outras frustrações, me obriguei a fazer uma retrospectiva das coisas que estou buscando e das coisas que já conquistei e uma revisão dos meus objetivos para os anos vindouros.

A primeira conclusão que cheguei é que nos últimos 3 anos passei ter uma carga de trabalho e responsabilidade como nunca tinha tido antes. Uma parte desse aumento de responsabilidade foi conseqüência de um dos melhores acontecimentos da minha vida, o nascimento da minha filha.

Agora não era apenas eu e minha esposa, tínhamos também uma pequena vida, que tinha - e ainda tem - uma série de necessidades bem diferentes das nossas. Saúde, educação, atenção... São apenas algumas coisas que essa criança precisaria que garantíssemos para ela.

Para poder suprir ela com as coisas que ela precisaria, assumi a tal carga de responsabilidades e ainda fiz planos, como o mestrado, que devo estar concluindo agora, pensando em melhorar as condições no futuro dela.

Isso trouxe conseqüências pesadas. A saúde segue largada, junto com os exercícios físicos, apesar da recomendação médica feita há quase um ano. O mestrado é carooooooo pra burro... Tanto o mestrado, quanto os negócios, exigem um tempo e uma dedicação descomunal. Se eu tivesse um banco de horas de sono, teria bastante para compensar agora, poderia dormir uns 3 ou 4 meses direto. Isso não é problema, mas acontece que tem um outro fator que está implícito nessa equação também, que se chama família.

Nos acontecimentos dos últimos tempos eu pude sentir na carne a importância da família, de as pessoas da família se apoiarem, e acredito que só estou conseguindo vencer as etapas todas e as dificuldades por causa da família. Apesar de elas (minha esposa e filha) terem sido fundamentais e motivadoras neste trajeto, acontecimentos que ocorreram nas últimas semanas me fizeram refletir com profundidade sobre minhas prioridades.

Aprendi muita coisa durante estes anos todos, tanto no mestrado quanto na empresa, e talvez faria tudo de novo se fosse necessário, mas creio que o foco, o objetivo disso tudo, que é a melhoria da qualidade de vida da família, não pode sair do foco, por que o bem estar da família é justamente o objetivo de tudo o que eu fiz. E sinceramente, não creio que esteja dando a atenção que eu deveria. É justificado, de certa forma, porque é um período, uma fase, em que estou tentando fazer esses upgrades.

Mas o que eu tenho que pensar, e que é a principal causa de eu estar repartindo isso com vocês, é: isso é uma fase mais conturbada, ou eu seguirei naquela coisa do ser humano, que nunca está satisfeito com o que tem, e sempre vai colocar a família em segundo plano tentando justificar uma melhor qualidade de vida no futuro? É melhor ter uma certa qualidade de vida no presente ou ficar buscando a qualidade de vida no futuro? Esse futuro um dia chega?

Pelas características de otimismo que eu tenho, tenho certeza de que o Cara (não é nosso presidente, é um que está mais acima dele) vai dar um jeito de que as coisas sejam boas se fizermos nossa parte. Cabe a nós definir os caminhos que faremos para chegar lá. Eu não tenho sombra de dúvida de que as coisas serão melhores amanhã do que são hoje, e não acho que hoje seja ruim.

Ontem fiquei em casa com minha filha, que hoje tem 4 anos, e por alguma razão, talvez motivado por essas reflexões todas, resolvi entrar no You Tube, para mostrar a ela uma propaganda do Zaffari/Bourbon (para quem é de fora, é uma rede de shoppings/supermercados tradicional aqui no sul) que passou há pouco mais de 4 anos, quando estávamos esperando ela nascer. Para quem não estava passando por aquilo, talvez seja somente mais uma propaganda bonita. Mas para quem vivenciava aquilo, é uma propaganda extremamente emocionante.

Contei a ela que olhávamos a propaganda, imaginando a chegada dela como seria, e tudo mais que envolvia aquela expectativa, que era uma coisa mágica. A minha filha achou o máximo, pediu para olhar a propaganda umas 15 vezes, cantou junto... E eu também.

Acho que é isso mesmo que eu quero. Quero terminar o mestrado, e com isso partir para outros desafios. Quero tocar a empresa com sucesso. Talvez no futuro fazer outros aperfeiçoamentos, especialização, doutorado, não sei. Mas quero também poder passar um tempo com minha filha e esposa e que elas saibam que elas são importantes. Isso eu tenho certeza absoluta.

A mensagem que eu tenho pra vocês então depois disso tudo é: será que não estamos esquecendo de viver o presente, buscando um futuro, que talvez nem seja como imaginamos? Vou seguir trabalhando, vou seguir estudando, vou seguir lendo, pesquisando e aprendendo, mas vou também ser uma parte do que esperam de mim na minha família, senão, não seria justo estar recebendo esse apoio todo.

Desculpem não ter tratado um tema relacionado ao mercado de controle de pragas. Eu senti a necessidade de compartilhar algo maior do que isso, falando um pouco sobre a vida. Talvez isso não seja tão interessante, então prometo colocar outro post logo nos próximos dias tratando novamente dos assuntos que são objetivo deste blog.

Para finalizar, deixo o link do vídeo do You Tube para a propaganda que citei, para que vocês possam dar uma olhada também: http://www.youtube.com/watch?v=qTpnWKT4IaE

E também agradeço a todos vocês que têm me acompanhado e deixo um abraço ao meu caro Sérgio Cancelli, que disse que está sempre lendo e achando bacana o blog. Desejo a todos um Natal muito feliz junto com suas famílias, aproveitem muito o tempo que tiverem juntos e também que a virada do ano possa trazer um 2010 excepcional em todos os aspectos.

Um grande abraço a todos, e bons negócios!