segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Evolução do Mercado Consumidor de Controle de Pragas Urbanas

Olá, amigos(as)!

Em primeiro lugar deixo um grande abraço ao amigo Marcus Leandro, de Pelotas, que agradeceu o post sobre a questão dos raticidas no mês passado e a discussão a respeito da toxicidade e o risco de intoxicação de pessoas, em função do ocorrido em Porto Alegre.

No post desse mês vou deixar uma dica bem interessante e aproveito para gerar algumas discussões em cima de algumas coisas que estão acontecendo e também que eu vi em função desta dica.

Bom, pra começar, desviando um pouco do tema de controle de pragas urbanas, entrando numa área mais "high-tech", andamos mudando nosso plano de telefonia celular aqui na empresa, e em decorrência disso tive a felicidade de pegar um Samsung Galaxy S II, a segunda geração do smartphone top da Samsung. Estou ainda descobrindo bastante coisa, mas já pude instalar alguns aplicativos que estão à disposição no Android Market (central de aplicativos para o sistema Android, que é mantido pelo Google e que equipa o aparelho).

Em linhas gerais o aparelho é uma maravilha, poderia ficar falando horas e horas sobre as coisas que já consegui fazer com ele, mas como aqui não é o foco, vamos nos ater ao controle de pragas urbanas.

Pois bem, andei fazendo algumas pesquisas de aplicativos, e cheguei a instalar um aplicativo da Exame, revista de negócios da Abril, outro da Zero Hora, jornal local aqui no sul, e aí pensei: será que existe algo na área de controle de pragas urbanas? Pensei que se alguém teria conteúdo para Android, esse alguém seria a PCT (Pest Control Technologies), uma revista americana. Na mosca. Estava lá o aplicativo. Baixei, instalei, e me surpreendi. Gratuitamente posso acessar as últimas edições da revista e lê-la na tela do meu Samsung+Android a hora que quiser (será necessária uma conexão à internet para baixar o conteúdo, mas você pode salvar algumas matérias para ler depois).

Incrível, não? Pois eu recomendo para quem tiver um celular com Android e se dá bem com o inglês (a revista obviamente é em inglês): instalem esse aplicativo, nem que seja para dar uma "folheada" na revista virtual quando tiverem um tempinho (entre uma reunião e outra, na sala de espera do dentista, quando estiver aguardando para ser recebido por um cliente, etc.).

Numa olhada rápida na edição de julho deste ano, já fiquei sabendo, por exemplo, que nossos irmãos americanos no controle de pragas urbanas estão tendo que se adaptar a novas regras impostas pela EPA (agência de saúde de lá, seria nossa ANVISA), que estão complicando com algumas questões de raticidas.

Também uma nota me chamou a atenção, até por causa do momento que estamos vivendo aqui. Não tenho a intenção de fazer propaganda para ninguém nos textos do blog, por isso evito um pouco falar em fabricantes ou produtos, a não ser que seja para falar com mais profundidade sobre algum tema. Mas dessa vez vai exigir: a Syngenta fez uma promoção que se encerrou agora em setembro, onde as desinsetizadoras que comprassem determinados produtos poderiam concorrer a uma viagem à Flórida (EUA) para visitar a estação de pesquisa deles e também conhecer 3 grandes desinsetizadoras de lá. A viagem deverá ocorrer em novembro e infelizmente eu como distribuidor não vou estar junto, mas um cliente meu foi sorteado e vai estar lá nessa viagem.

Enquanto a promoção estava rolando, estávamos conversando, eu e algumas outras pessoas, a respeito das oportunidades da viagem: ver empresas grandes, de um mercado mais desenvolvido e mais regulado, e poder conhecer um pouco de como elas trabalham, e quem sabe, trazer dentro da bagagem idéias novas para a operação da empresa aqui. Conheço alguém que foi numa viagem dessa há coisa de mais de 10 anos e comentou que achou estranho quando soube que uma das empresas visitadas atuava no mercado doméstico (residências), quando todos os esforços aqui no Brasil estavam se intensificando cada vez mais em clientes corporativos (indústrias em geral, restaurantes, shoppings, etc.).

O guia da visita disse que aquele momento que o Brasil estava vivendo aconteceu nos Estados Unidos cerca de 30 anos antes. A questão é: seria um ciclo evolutivo que chegaria no Brasil também? Interessante reflexão. Agora, voltamos ao aplicativo da PCT: encontrei, folheando a revista, uma informação de que o controle de pragas urbanas é um dos serviços mais requisitados por usuários domésticos (veja os percentuais abaixo). A questão que fica é: será que o mercado consumidor de controle de pragas urbanas vai evoluir no Brasil a ponto de o mercado doméstico se tornar importante o suficiente para demandar contratos de prestação de serviço de controle de pragas urbanas? Com certeza precisaríamos continuar com um bom momento econômico para que essa evolução ocorresse. Mas a reflexão está lançada.

Serviços mais populares para usuários domésticos nos Estados Unidos
37% - limpeza de tapetes/carpetes
37% - carpintaria (? a tradução pode não ser exatamente esta)
31% - faxina
29% - manutenção de aquecedores e circuladores de ar
27% - eletricistas
26% - controle de pragas urbanas
24% - encanadores
24% - manutenção de gramados e jardins

Esse poderia ser um cenário possível no Brasil se as pessoas tivessem condições econômicas de contratar um controle de pragas efetivo (longo prazo) e se a cultura do auto-serviço for deixada de lado. A meu ver, uma coisa influencia na outra, pois se o usuário doméstico não estiver tendo 100% sucesso fazendo controle com produtos domésticos e tiver condições financeiras de contratar um especialista, com certeza vai fazê-lo.

Bom, ficam as dicas (3):
1) Aplicativo PCT para Android (talvez exista para iPhone também);
2) Reflexão a respeito da evolução do mercado;
3) Sugestão de termos mais fabricantes promovendo o intercâmbio de práticas de PCOs, seja internamente (no Brasil, talvez, promovendo visitas de empresas gaúchas a empresas paulistas, por exemplo), seja externamente (para outros países). Olho nisso, fabricantes!

A propósito, promovemos aqui no Rio Grande do Sul uma iniciativa que até onde eu me informei, foi inédita no Brasil (duas então, a primeira foi o canal do YouTube com palestras e treinamentos: www.youtube.com/divepra). Essa iniciativa foi de pegar uma empresa bastante conhecida na região e com bastante tempo de mercado e um porte significativo e promover uma visita técnica, onde outras desinsetizadoras foram conhecer sua história, como ela evoluiu e cresceu com o passar do tempo, e também conhecer um pouco da estrutura da empresa.

Houve um grupo de empresários aqui da região que se interessou e compareceu à visita técnica, e inclusive estão querendo montar uma espécie de "círculo da qualidade" em controle de pragas urbanas, para trocar experiências e práticas. Acho que isso tem potencial de ir para frente e eu vejo que muita gente do bem se interessou pelo projeto e demonstrou interesse em participar. Assumi a incumbência de tocar o projeto adiante e ajudar a organizar o grupo.

Tudo em prol de um crescimento sustentável das empresas e de uma evolução contínua e forte do setor.

O Paulo Costa vem fazendo um pouco essa integração de práticas com a Análise Setorial e o Dia Análise Setorial, em que são apresentados cases em que foi possível melhorar a gestão de empresas de controle de pragas urbanas num trabalho com base em indicadores (Paulo, se você permitir vou escrever sobre isso em seguida).

Vamos, lá, qualquer informação que desejarem sobre os assuntos aqui apresentados, estou à disposição.

Um grande abraço a todos e bons negócios!