sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Não acredite em tudo que ouvir (feijões mágicos)

Como é importante saber o que se está falando! E neste segmento de controle de pragas, tem gente que fala coisas descabidas, achando que não tem problema e que para controlar pragas, basta jogar um veneninho e pronto.

Não! É importante embasar o controle no conhecimento científico! O controlador não precisa obrigatoriamente ser um biólogo, ou veterinário, ou agrônomo, ou a profissão que seja! Ele precisa, isso sim, conhecer um pouco melhor sobre as pragas que pretende controlar. Seus hábitos, do que se alimenta, onde costuma se abrigar, coisas do gênero. E isto só se consegue através da observação destes seres, do estudo e pesquisa. A partir daí o conhecimento pode ser passado a outras pessoas. Para isto, sobretudo é que existem estes profissionais como responsáveis técnicos nas empresas de controle de pragas.

Mas temos que cuidar para obtermos informações de fontes confiáveis. Não adianta chegar num cliente, por exemplo, e dizer que uma isca amarela é mais atrativa para um rato! Eles não enxergam cores! O cliente pode até acreditar, e achar que talvez fosse por isto que o controle anterior não estivesse funcionando. Porém, se um dia ele conversar com alguém que sabe e esta pessoa der a ele esta informação de que ratos só enxergam em tons de cinza, ele pode achar que você é um charlatão...

Esta semana pude observar um ótimo exemplo da importância de haver uma preocupação em não sair por aí espalhando a primeira bobagem que ouvir. Ocorre que uma pessoa bem conceituada no ramo de controle de pragas, inclusive colunista de uma das principais revistas do país e consultora na área, deve ter ouvido uma parte de uma pesquisa de um conceituado cientista brasileiro e publicou uma coluna falando sobre isto, como se tivesse amplo domínio do tema.

Porém, como provavelmente não sabia do teor completo da pesquisa do cientista, acabou falando algumas besteiras na coluna, e isto é um material lido por muita gente. Ora, que irresponsabilidade! Uma formadora de opinião, publicar algo que não teve ao mínimo uma preocupação de averiguar! Deve ter tido bastante gente que começou a divulgar a informação passada e usar em seus trabalhos de controle... E agora, para desfazer isto?

Por isso, gente, é que eu tenho que ressaltar: vamos conhecer mais sobre as pragas e seus hábitos, vamos conhecer mais sobre as ferramentas de controle, vamos conhecer mais sobre os produtos químicos que usamos, sua forma de ação e seus efeitos para o ambiente.

E tem mais uma coisa que é interessante para o controlador de pragas saber: legislação. Há uma série de regulações hoje que obriga uma ampla gama de estabelecimentos a realizar o controle, utilizando uma empresa especializada. Grande parte delas nem se preocupa com controle de pragas, muito menos vai contratar uma empresa se não for obrigada por força de lei.

E aí está uma tremenda brecha de mercado para a atividade do controlador!

Então é isso, pessoal. Em resumo, busquem conhecimento!

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