domingo, 20 de setembro de 2009

Nome da atividade/Dia do Controlador de Pragas

Volta e meia é possível presenciar movimentos que buscam mudar ou atualizar o nome da atividade de controle de pragas.

Há muito tempo atrás era comum as empresas de controle de pragas serem chamadas de "dedetizadoras", pelo fato de usarem DDT como inseticida para realizar o controle. Depois o DDT foi proibido e as empresas passaram a ser "desinsetizadoras", "desratizadoras", "descupinizadoras" e outros nomes dependendo das pragas. Recentemente um movimento a nível mundial acabou mudando o nome para empresas de "controle de pragas", resumindo todas as variações utilizadas com o prefixo "des" em poucas palavras.

Nessa época também começou uma mudança mais brusca do paradigma existente, que era de "tocar veneno" para ações de cunho mais preventivo ou mais direcionadas aos focos de infestação, muitas vezes fazendo uso de iscas para diminuir a quantidade de produtos químicos lançados no ambiente e obter um resultado mais efetivo devido ao direcionamento das iscas.

Ouvi há pouco tempo atrás uma discussão falando sobre o termo "pragas", que teria uma origem na agricultura. Francamente, não creio que as empresas de controle de pragas ganhem alguma coisa mudando a forma como se denominam com muita frequência. Além disso, o foco das empresas não deve ser uma discussão semântica para escolher outro nome. Há discussões muito mais importantes ocorrendo neste momento, como as questões das embalagens vazias ou das exigências ambientais (veja aqui no blog nos temas anteriores diversas discussões sobre esses tópicos nos últimos meses), ou mesmo o movimento que está se originando a nível nacional para tentarmos ter voz na política do nosso país (por sinal, este extremamente importante, veja na discussão anterior "Revolução Silenciosa" informações sobre esta questão). A própria questão da atualização e capacitação técnica das empresas já é por demais importante.

No final das contas, mesmo que o termo "pragas" remeta à agricultura, o termo "pragas urbanas" não o faz, especificando muito bem o tipo de praga que está sendo tratado. Então, evitando um pouco da discussão semântica "manejo x controle", não creio que fará grande diferença se tratarmos por "Controle de Pragas Urbanas", "Manejo de Sinantrópicos", "Regulação Populacional de Artrópodes e Roedores" ou mesmo "Gestão de Inquilinos Indesejados". Para falar bem a verdade, seria muito mais complicado explicar aos clientes, muitos deles leigos no controle de pragas, o significado de termos como "sinantrópicos" ou "artrópodes". Isso inclusive pode trazer mais perdas do que benefícios (imagine um cliente deixar de chamar sua empresa porque estava denominada "Gestão de Sinantrópicos" e ele não entendeu o significado. Quase ninguém sabe que tem sinantrópicos em sua casa, e muito menos querem gerenciá-los, mas sim, exterminá-los).

Então, sigo com minha opinião e convido-os a refletir sobre essa questão. Controle (ou Manejo) Integrado de Pragas Urbanas. Pra mim está bom. E de novo, vamos olhar com atenção aquela questão do movimento político que estamos tentando organizar. Não deixe de olhar o tema discutido anteriomente (abaixo do serviço sobre o dia do Controlador de Pragas, a seguir) e comunicar sua associação se tiver contatos úteis.

Mudando de assunto agora... Está se aproximando a data que na cidade de São Paulo já é comemorada como o dia do Controlador de Pragas, instituído por decreto municipal. É o dia 26 de setembro, e esperamos que em pouco tempo essa data possa ser comemorada a nível nacional. Para chamar a atenção para a data e a atividade de controle de pragas, a APRAG está organizando uma ação, chamando a atenção para o uso de raticidas proibidos (especificamente o chumbinho). Será realizado um evento com a representação de uma peça no próximo dia 23 de setembro, em São Paulo. Veja maiores informações em http://www.aprag.org.br/. E, se estiver por perto, não deixe de prestigiar e mostrar a importância do setor de controle de pragas e da não utilização de produtos proibidos.

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